segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Como Maria Quitéria conseguiu entrar no Exército?


Maria Quitéria

Maria Quitéria de Jesus Medeiros, filha de um fazendeiro portugues, nasceu em Feira de Santana, na Bahia, em 1792. Ela se tornou a heroína mais respeitada de toda a Guerra da Independência quando, vestida de homem e usando o nome do cunhado, José Cordeiro de Medeiros, lutou com valentia na saga baiana para derrotar os colonizadores portugueses e consolidar a independência do Brasil.
Maria Quitéria saiu de casa para lutar no Batalhão dos Periquitos, comandado pelo avô do poeta Castro Alves. Seus pais, embora portugueses, a estimularam e a apoiaram em seus objetivos e patriotismo. Sua valentia e destemor puderam ser confirmados por seus companheiros, entre outras, nas importantes batalhas de Itapuã e Pirajá. Na primeira, por exemplo, Maria Quitéria, ou soldado Medeiros, como era conhecida, invadiu sozinha uma trincheira inimiga e acabou levando dois prisioneiros para o acampamento.
Descoberta sua verdadeira identidade, Maria Quitéria recebeu como prêmio a promoção ao posto de primeiro-cadete. Recebeu também o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. O seu entusiasmo contaminou outras mulheres. Centenas delas seguiram o seu exemplo e passaram a integrar a Companhia Feminina, criada pelo Exército e comandada por ela. Em Foz do Paraguaçu, Maria Quitéria e suas companheiras, com água até o peito, conseguiram o feito heróico de impedir o desembarque dos inimigos.
Quando os conflitos se aproximaram do centro de Salvador , os colonizadores organizaram a fuga. Na madrugada do dia dois de julho, Madeira de Melo, comandante português, embarcou 6 mil soldados, 4 mil marinheiros e 2 mil funcionários, em 84 navios e zarpou rumo a Portugal. No mesmo dia de 2 de julho de 1823, ao meio dia, as tropas brasileiras entraram em Salvador. À sua frente estava a heroína Maria Quitéria.

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