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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Como viviam as mulheres naquele período?
As mulheres do Século XVIII eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.
A importância da mulher ao longo de toda caminhada da Humanidade tem sido e ainda é minimizada em muitas culturas e povos. Deste modo a mulher surge, muitas vezes ao longo da historia reduzida a elemento reprodutor e mera força de trabalho, sem direitos nem poderes, e isto porque ela esteve considerada INFERIOR ao homem em todos os planos, físico, intelectual e espiritual.
Ou seja como SEMPRE havia um grande preconceito contra a mulher, e que não havia outra coisa para ela a não ser em um português bem claro "dar prazer ao marido" e fazer os seu deveres domésticos sair de casa? N-U-N-C-A!!!!
Obs:Embora sem uma educação formal, uma vez que à época as escolas eram poucas e restritas aos grandes centros urbanos, Maria Quitéria aprendera a montar, a caçar e a usar armas de fogo, conhecimentos essenciais à época.
Por que ela morreu esquecida e somente após meio século sua imagem passou a ser valorizada?
Maria Quitéria morreu aos 61 anos de idade, viúva e sem bens, praticamente esquecida pela história. No ano do centenário de sua morte, o então Ministro da Guerra determinou que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército fosse inaugurado, em 21 de agosto de 1953, o retrato da insigne patriota. Já em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus, por decreto do Presidente da República, passou a ser reconhecida como Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Quais eram os ideais que ela defendia?
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Considerada a Joana D'Arc brasileira, é a padroeira do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro Maria Quitéria, no dia 20 de agosto foi recebida no Rio de Janeiro pelo Imperador em pessoa, que a condecorou com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de Cavaleiro, com seguinte pronunciamento:"Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro".
Também defendia o movimento pró-independência da Bahia ativamente, enviando emissários a toda a Província em busca de adesões, recursos e voluntários para formação de um "Exército Libertador".
Uma sonhadOOooOOra.
Quais foram as principais batalhas das quais Maria Quitéria participou?
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Como Maria Quitéria conseguiu entrar no Exército?
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Maria Quitéria de Jesus Medeiros, filha de um fazendeiro portugues, nasceu em Feira de Santana, na Bahia, em 1792. Ela se tornou a heroína mais respeitada de toda a Guerra da Independência quando, vestida de homem e usando o nome do cunhado, José Cordeiro de Medeiros, lutou com valentia na saga baiana para derrotar os colonizadores portugueses e consolidar a independência do Brasil.
Maria Quitéria saiu de casa para lutar no Batalhão dos Periquitos, comandado pelo avô do poeta Castro Alves. Seus pais, embora portugueses, a estimularam e a apoiaram em seus objetivos e patriotismo. Sua valentia e destemor puderam ser confirmados por seus companheiros, entre outras, nas importantes batalhas de Itapuã e Pirajá. Na primeira, por exemplo, Maria Quitéria, ou soldado Medeiros, como era conhecida, invadiu sozinha uma trincheira inimiga e acabou levando dois prisioneiros para o acampamento.
Descoberta sua verdadeira identidade, Maria Quitéria recebeu como prêmio a promoção ao posto de primeiro-cadete. Recebeu também o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. O seu entusiasmo contaminou outras mulheres. Centenas delas seguiram o seu exemplo e passaram a integrar a Companhia Feminina, criada pelo Exército e comandada por ela. Em Foz do Paraguaçu, Maria Quitéria e suas companheiras, com água até o peito, conseguiram o feito heróico de impedir o desembarque dos inimigos.
Quando os conflitos se aproximaram do centro de Salvador , os colonizadores organizaram a fuga. Na madrugada do dia dois de julho, Madeira de Melo, comandante português, embarcou 6 mil soldados, 4 mil marinheiros e 2 mil funcionários, em 84 navios e zarpou rumo a Portugal. No mesmo dia de 2 de julho de 1823, ao meio dia, as tropas brasileiras entraram em Salvador. À sua frente estava a heroína Maria Quitéria.